CONTRIBUTO DAS ONG DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE NA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PERCEÇÃO DA POPULAÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14571/brajets.v13.n1.85-93

Resumo

São Tomé e Príncipe é um país que enfrenta vários problemas ambientais, nomeadamente a exploração excessiva dos recursos, tratamento dos resíduos, desgaste dos solos, entre outros. É neste contexto que várias ONG têm desenvolvido ações no âmbito da educação ambiental (EA). Para este estudo trabalhamos com três ONG santomenses e temos como principal objetivo conhecer a perceção da população sobre o trabalho desenvolvido pelas referidas ONG, no âmbito da EA. Este trabalho é de natureza qualitativa, interpretativa e descritiva. Para a recolha de dados recorremos à entrevista semiestruturada a elementos das comunidades da área de intervenção das ONG. Verificamos que os inquiridos se mostraram pouco disponíveis para colaborar e com receio em participar na entrevista. Atentamos que esta situação se justifica com a pouca frequência que investigações desta natureza são realizadas em São Tomé e Príncipe. Os resultados evidenciam que a população reconhece o trabalho que tem sido desenvolvido no âmbito da EA, principalmente na mudança de práticas, pelos habitantes, e aquisição de atitudes e comportamentos compatíveis com o desenvolvimento sustentável. Valorizam a preservação e utilização dos recursos naturais, principais fontes de riqueza em São Tomé e Príncipe. Salientam que os trabalhos desenvolvidos pelas ONG têm permitido melhorar a qualidade de vida e a economia das famílias. Concluímos que a intervenção das ONG, de cariz ambiental são fundamentais e tem desenvolvido diversas ações de sensibilização e, desta forma, contribuem para melhorar a qualidade de vida das pessoas com rumo ao desenvolvimento mais sustentável.

Referências

COUTINHO, C. P., & CHAVES, J. H. (2002). Estudo de Caso na Investigação em Tecnologia Educativa em Portugal. Braga: CIED – Universidade do Minho.

DIAS, A. G., GUIMARÃES, P., & ROCHAS, P. (2003) Biologia e Geologia - 10º Ano Ensino Secundário. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

FERNANDES, J. A. (1983). Manual de Educação Ambiental. Lisboa: Secretaria de Estado do Ambiente e Comissão Nacional do Ambiente.

FERRÃO, J. (1990). Educação Ambiental: Textos Básicos. Lisboa: Instituto Nacional do Ambiente.

MARAPA (2010). Relatório de atividades 2009-2010. São Tomé e Príncipe: MARAPA.

MARAPA & CTA (2009). Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental. República Democrática de São Tomé e Príncipe: MARAPA.

MINISTÉRIO DE RECURSOS NATURAIS E AMBIENTE (2000). Autoavaliação Nacional de Capacidades para Gestão Ambiental Global. República Democrática de São Tomé e Príncipe: Gabinete do Ambiente, Ministério de Recursos Naturais e Ambiente.

RODRIGUES, L. M. A. M. (2011). Atividades Desenvolvidas por Organizações Não Governamentais do Distrito de Bragança e sua Pertinência para o Desenvolvimento Sustentável. (Dissertação do Mestrado). Bragança: Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança.

SÁ, P. A. P. (2008). Educação para o Desenvolvimento Sustentável no 1º CEB: Contributos de Formação de Professores. Tese de Doutoramento não publicada. Universidade de Aveiro: Departamento de Didática tecnologia Educativa.

SORRENTINO, M., TRAJBER, R., MENDONÇA, P. & JÚNIOR, L. A. F. (2005). Educação ambiental como política pública. Educação e Pesquisa, 31(2), 285-299.

VEIGA, A. (2012). São Tomé e Príncipe tem 187.356 habitantes. Téla Nón. Disponível em: http://www.telanon.info/sociedade/2012/06/29/10732/sao-tome-e-principe-tem-187-356-habitantes/

YIN, R. K. (2006). Estudo de caso – Panejamento e Métodos. Porto Alegre: Bookman.

Publicado

2020-04-12

Edição

Secção

Article