A RELAÇÃO ENTRE MERCADO DE TRABALHO E AS POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DO PROFESSOR NA SOCIEDADE CAPITALISTA

Autores

  • Marta Rosani Taras Vaz Universidade Estadual de Ponta Grossa

DOI:

https://doi.org/10.14571/brajets.v12.n1.24-34

Resumo

Este artigo objetiva problematizar os limites da relação entre o trabalho assalariado e as políticas de formação profissional docente, a fim de argumentar a importância de uma transformação radical das relações sociais de produção para a superação dos problemas relativos ao emprego e valorização docente. Por meio da análise da oferta e demanda de professores/pedagogos no mercado de trabalho no Brasil e, particularmente, no Estado do Paraná, no período de 2009 à 2013, consideramos que há uma tendência de desvalorização profissional oriunda da própria lógica das relações entre trabalho e capital. Nesse sentido, a partir da análise da realidade subsidiada pelo referencial teórico metodológico do Materialismo Histórico Dialético, defendemos uma organização social pautada no trabalho livremente associado para a superação dos limites das políticas educacionais de formação e valorização de professores.

Biografia do Autor

Marta Rosani Taras Vaz, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutoranda em Educação na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO). Membro do Grupo de Pesquisa "Capital, Trabalho, Estado, Educação e Políticas Educacionais (GPCATE)". Suas pesquisas concentram-se na linha de História da Educação e Políticas Educacionais, com ênfase nas políticas para Formação e Valorização Docente, bem como, temáticas relativas a Educação, Trabalho e Sindicalismo.

Referências

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 01 abr. 2015.

________. Ministério da Educação. Planejando a Próxima Década: Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação. Brasília: MEC, 2014. Disponível em:< http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf >. Acesso em: 16 Mai. 2017.

CHASIN, J. Tomo III – Política: A determinação ontonegativa da politicidade. São Paulo: Estudos e Edições Ad Hominem, 2000.

FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

________. Educação, crise do trabalho assalariado e do desenvolvimento: teorias em conflito. In: FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e Crise do Trabalho. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2013.

GENTILI, P. Três teses sobre a relação trabalho e educação em tempos neoliberais. IN: LOMBARDI, J. C; SAVIANI, D.; SANFELICE, J. C. (Orgs.). Capitalismo Trabalho e Educação. Campinas: Autores Associados, 2004.

HARVEY, D. Para entender O Capital. Livro I São Paulo: Boitempo, 2013.

INEP. Censo da Educação Básica (2008 a 2013). Brasília, Ministério da Educação.

INEP. Sinopses estatísticas do Ensino Superior (2004 a 2013). Brasília, Ministério da Educação.

MARX, K. O capital: crítica da economia política. Livro. 1. São Paulo: Boitempo, 2013.

_________. O Capital. Livro III. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2008.

_________. Teses sobre Feuerbach. In: MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã: Crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas. São Paulo: Boitempo, 2007.

_________. Trabalho Assalariado e Capital: Salário, preço e lucro. Porto: Publicações

Escorpião, 1975.

MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã: Crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas. São Paulo: Boitempo, 2007.

_________.Sagrada família, ou, A crítica da crítica crítica contra Bruno Bauer e seus consortes. São Paulo: Boitempo, 2011.

MILANI, N. Z.; FIOD, E. G. M. Precarização do trabalho docente nas escolas públicas do Paraná (1990-2005). Revista Roteiro, Joaçaba, v. 33, p.77-100, 2008.

MORETTO, N. R. A formação sindical – profissional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), desemprego e configuração atual do mercado capitalista. 164f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.

NETO, N. N. G. Exército Industrial Reserva: conceito e mensuração. 126 f. Dissertação (Mestrado em desenvolvimento econômico) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.

Downloads

Publicado

2019-04-20

Edição

Seção

Artigo