ARTES VISUAIS E SEU ENCONTRO COM O TRÁFICO – A INTERDISCIPLINARIDADE COMO POSSIBILIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Maria Angélica Peixoto Instituto Federal de Goiás
  • Telma Ferreira Nascimento Durães Universidade Federal de Goiás
  • Adriana Aparecida Mendonça Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Maria Aparecida Rodrigues de Souza Instituto Federal de Goiás
  • Gustavo Henrique A.M. Rocha Instituto Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.14571/cets.v10.n2.109-116

Resumo

O tráfico de pessoas é um fenômeno expressivo e tem aumentado na sociedade contemporânea produzindo um grande número de vítimas, principalmente mulheres entre dezoito e vinte quatro anos. A sociologia, a biblioteconomia e as artes visuais tem um papel preponderante na prevenção desse fenômeno no sentido de desenvolver atividades interdisciplinares onde informação e discussão sociológica se entrelaçam com as artes visuais para prevenção das violências e promoção da cultura da paz. Do entrelaçamento dessas áreas surgiu a oficina sobre Tráfico de pessoas: informar para prevenir que visou integrar conteúdos e atividades curriculares com a reflexão crítica sobre a realidade social. Para garantir a conexão entre sociologia, biblioteconomia e artes visuais apresentou-se na III Semana de Ciência e Tecnologia e VI Semana do Livro e da Biblioteca, evento realizado no IFG/Inhumas em outubro de 2014, um minicurso e uma oficina, atividades interdependentes, com duração de 4 horas cada seção. O minicurso teve por objetivo a integração da discussão teórica contemplada no conteúdo programático da disciplina de sociologia e do projeto cadastrado com a oficina Tráfico de pessoas: colando e pintando a prevenção. O “desafio†posto aos participantes de confeccionar cartazes utilizando recortes de revistas teve objetivo de sensibilizar, por meio da arte, a comunidade sobre o tema em questão. Alguns cartazes produzidos foram distribuídos na comunidade e outros selecionados para exposições em eventos com a finalidade de alertar sobre o problema do Tráfico de mulheres. O público participante foram os discentes dos Cursos Técnicos Integrados do IFG e as mulheres do Programa Mulheres Mil. A proposta interdisciplinar se justificou por estabelecer a interação entre processo de ensino-aprendizagem a um conjunto de experiências que auxiliam a reflexão dos estudantes sobre direitos humanos. A metodologia proposta ganhou o interesse dos discentes e participação da comunidade ao visitar a exposição. Isso abre não só espaço para outras iniciativas semelhantes, mas também para despertar a necessidade de mudanças sociais, comportamentais e culturais.

Biografia do Autor

Maria Angélica Peixoto, Instituto Federal de Goiás

Graduação em Ciências Sociais. Mestrado em Sociologia (UNB). Doutorando em Sociologia pela UFG. Professora do IFG–Câmpus Inhumas e pesquisadora do Nepec e Neace.

Telma Ferreira Nascimento Durães, Universidade Federal de Goiás

Graduação em Ciências Sociais pela UFG. Doutora em Sociologia e Ciência Política pela Universidad Complutense de Madrid. Professora da Pós-Graduação em Sociologia da UFG e pesquisadora dos Núcleos de Pesquisa Violência e Civilização e Ser-Tão

Adriana Aparecida Mendonça, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Graduação em Artes Visuais pela UFG. Mestrados - Patrimônio Cultural pela PUC Goiás, Arte e Cultura Visual pela UFG. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual UFG. Professora da PUC Goiás.

Maria Aparecida Rodrigues de Souza, Instituto Federal de Goiás

Graduação em Biblioteconomia pela UFG. Mestrado em Educação pela PUC Goiás. Bibliotecária-documentalista do IFG-Câmpus Inhumas e pesquisadora do Nepeinter

Gustavo Henrique A.M. Rocha, Instituto Federal de Goiás

Estudante do Curso Técnico Integrado em Química no IFG-Câmpus Inhumas, pesquisador voluntário do projeto de pesquisa “Tráfico internacional de pessoasâ€

Referências

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Publicado

2017-06-29

Edição

Seção

Artigo